1º de abril! A verdade?: domingão na CTRC. Rs.
O dia começou com a oficina de “Maquiagem Teatral”, ministrada por Jordana Correa. Ela teve todo o cuidado em preparar uma apresentação só para nós, abordando a parte teórica, desde a história de maquiagem. Um luxo e um orgulho para nós, da companhia, termos entre nossos integrantes pessoas do gabarito da Jords!
Depois do almoço, Fel e Lee, nossos figurinistas já começaram a mostrar o que vem por aí em nossa próxima produção adulta! Aguardem…
Próxima oficina: método “O passo” de educação musical, ministrado pelo excelente músico Tito Vianna. Um presente para a Companhia, para os nossos jovens, enfim, ter um profissional como o Tito ali, doando o seu tempo e o seu conhecimento, em um clima de integração total com a garotada. Importante avaliar que, mesmo sendo um método com função principal na percepção musical, pode ser aplicado efetivamente no trabalho da Companhia, e de qualquer grupo de trabalho, porque integra instantaneamente, impressionante. Obrigada Tito! Muita luz!
Depois, Oficina de Prática Teatral (Jovens e Adultos integrados). Foco: linguagem corporal para a farsa. Trabalho muito diferente de tudo já realizado pela CTRC, quase um desaprendizado. Difícil, emocionalmente desgastante para os atores (por envolver frustração!), mas apenas o primeiro passo de um longo caminho! Vamos que vamos! Obrigado, atores, por confiar na direção!
Após o merecido lanche, como se tivessem feito pouco, ainda aguardava aos artistas o estudo de “O caminho de Swann”, de Marcel Proust. Para este, contamos com as participações amigas dos atores Ney Coelho e Antonio Carlos De Caz. A participação e o envolvimento de todos foi o ponto alto do dia. É com muito orgulho que assisto a estes jovens, cheios de energia e interesses tão variados, em pleno domingo, dentro da Casa Maria de Magdala, nosso lar de amor, estudando teatro, literatura, música, se embebedando de cultura e se preparando para um futuro de muitas conquistas. Este é o tempo da semeadura. Estão todos de parabéns, queridos!
Para terminar, digno de nota foi o tema da página inicial e sua recorrência no estudo final: o hábito. Fiquemos pois, com Proust, na inspiradora tradução de Mario Quintana: “O hábito! camareiro hábil mas bastante moroso e que começa por deixar sofrer o nosso espírito durante semanas em uma instalação provisória; mas que, apesar de tudo, lhe é grato encontrar, pois que, sem o hábito e reduzido a seus próprios recursos, seria o nosso espírito incapaz de nos tornar habitável qualquer alojamento.”
Companhia Teatral Recontando Conto 